Mata-Mata
Sempre fui a favor dos pontos corridos há 12 anos incorporados no futebol, em especial no campeonato brasileiro.
Ao feitio do modelo europeu, para mim o mais apropriado.
Estádios cheios, clubes milionários, planejamento para o ano todo , um modelo de eficiência e sucesso.
Seria tão fácil imitar o modelo, copiar o que dá certo é inteligente. Mas não… não é assim e, pelo andar da carruagem, tão cedo não será. Ou nunca.
E aí é o que se tem visto: estádios vazios, clubes empobrecidos, programação desorganizada, excesso de jogos e crescente desinteresse pelo esporte que já foi o das multidões. Bem, continua sendo, mas até quando?
O jornalista Carlos Mansur diz que “o torcedor brasileiro vai ao estádio ver o time ganhar, e não para assisti-lo fielmente, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”. Jeito de ser do brasileiro, é da cultura tupiniquim. Paixão sem paciência.
De qualquer modo, para garantir sobrevivência é necessária a fórmula de manter a chama acesa, o interesse coletivo. Talvez adotando um modelo misto, mesclando pontos corridos com mata-mata. Aliás, já foi assim, e se não era perfeito, era interessante.
Estamos sem times, sem craques – os campeonatos organizados e bem administrados de outros países levam todos -e sem futebol. Refiro-me àquele de encher os olhos e estádios…
Vale refletir.